Navegadores.

Coloquei o remo na água, os olhos no horizonte, o futuro na imaginação e as boas lembranças na memória.
Parei por um instante, lembrando de todos que já navegaram comigo em todo esse tempo. Todos aqueles que em algum momento sentaram ao meu lado para remar, para me ensinar a forma correta de remar, ou até mesmo para me orientar, quando eu não fazia a mínima ideia do rumo a tomar. Todos vocês, sem nenhuma exceção, foram muito importantes. Vocês ajudaram a fazer essa grandiosa viagem ter um sentido. Carrego seus nomes e suas memórias comigo, as histórias que me contavam enquanto navegávamos por longas noites, e a coragem que me inspiravam durante as tempestades que tive de enfrentar. Lhes serei eternamente grato.
Obrigado, também, àqueles que navegam comigo há pouco tempo, àqueles que ainda estão por vir, e àqueles que decidiram seguir na mesma direção, buscando o mesmo destino.
E por fim, quando chegar a terra firme, escreverei seus nomes na areia, um por um, junto com as nossas histórias. Farei isso como uma última homenagem, em silêncio, para mim mesmo. E, sei que as ondas, no seu contínuo ritmo, apagarão o que está na areia, mas elas nunca apagarão o que vocês escreveram em meu coração.
Agora, porém, tenho de remar, creio ainda estar longe do final dessa jornada, e não há tempo a ficar jogando fora. Ainda há muito o que conhecer, muito o que descobrir.
Horizonte, aí vou eu! Aí vamos nós!

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